A PALAVRA DO ANO® é uma iniciativa da Porto Editora, que desde 2009 chama a atenção para a riqueza da língua portuguesa, cuja criatividade e dinamismo permitem que as palavras ganhem novas dimensões, dependendo do tempo e do espaço. Assim, as 10 palavras finalistas pretendem retratar a vida coletiva do país ao longo do ano em curso.
Desvendando as joias do passado
O tempo flui, a cultura transforma-se e a língua portuguesa, como parte fundamental dessa cultura, não se esquiva dessa dinâmica. Afirmar que a língua portuguesa não acompanha os tempos ou se adapta às tendências é negar sua própria natureza viva e pulsante.
Nascido nos primórdios 70's e a acompanhar varias transformações e evoluções digo que é verdade que as palavras e expressões que nossos avós usavam já não fazem parte do nosso vocabulário cotidiano. Da mesma forma, as gírias e coloquialismos que hoje dominam as conversas entre jovens serão, em breve, considerados ultrapassados pelas novas gerações. Esta seção do Vorian e da minha pessoa mergulha no fascinante mundo das palavras arcaicas do português.
Junte-se numa viagem para descobrir estas jóias esquecidas da nossa língua portuguesa!
Longe de ser um problema, essa constante mutação demonstra a vitalidade da língua portuguesa. Ela adapta-se às novas realidades, incorpora novas palavras e expressões, refletindo as mudanças sociais, tecnológicas e culturais que nos rodeiam.
Exemplo:
A palavra "selfie", de origem inglesa, popularizou-se rapidamente em português, incorporando uma nova realidade social.
Gírias como "crush" e "sextou" surgem e espalham-se organicamente, demonstrando a capacidade da língua de se adaptar às novas formas de comunicação.
Essa constante evolução, no entanto, não significa que a língua portuguesa esteja a perder a sua identidade. É justamente essa capacidade de se adaptar que garante a sua riqueza e perenidade. Afinal, a língua é um organismo vivo, em constante mutação, mas sempre preservando sua essência.
Como folhas no outono que se desprendem dos galhos, estas palavras e expressões carregadas de memórias foram-se diluindo no rio da memória, levadas pela correnteza implacável do tempo.
Queres/dar/levar tanga
Cuchichina
Alcoviteiro
à Lagardère
Larear a pevide
Só quer cú tremido
Balela
Cagalhota
Patego
Lorpa
Mão de vaca
Larilas
Panisgas
Pitosgas
Malotinha
A magicar
Parrequeiro
Trengo
Lerdo
Pera
Ceroulas
Celotes
Carrancudo
Lanfranhudo
Escaganifobético
Sostra
Tanso
Supimpa
Estafermo
Parola
Careco
Galheta
Zoina
Bordoada
Pilantra
Estrugido
Matulona
Lambisgoia
Sirigaita
Amanhar
Rais ta parta
Vai a bardamerda
Badamerdas
És um cromo/a
Morcona
Píbia / Segóvia
Quinja
Pular a cerca
Escorregar na calçada
Pintar parades
Coitus Interruptus
Picinhas
Lambisgoias
Pascácio
Lerdinho
Reguila
Tens um bom olho
Passa-te ó fresco
Monta num porco e basa
Vai/Ide pinar galinhas
Estardalho
Eu tiro-te a mania
Levar na espinha
Vai aos gambuzinos
Estapafúrdio
Olha ó pivias!
Bofardo
Basa!
Nosga
Pifu
Lagar
Escrúpulos
Janota
Olha o/a espalha brasas
Vocemecê
Safanão
Quiça
Esgazeado
Aposentos
Cosmonauta
Deveras
Obséquio
Asseado
Estudasses